O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) será o coordenador da equipe técnica na transição para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume o mandato no dia 1º de janeiro de 2023.
O anúncio de que Alckmin foi escolhido por Lula para liderar o processo foi feito pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, nesta terça-feira (31), após encontro com coordenadores de campanha.
“Agradeço a confiança do presidente Lula na missão de coordenar a transição de governo. O trabalho da nossa equipe será norteado pelos princípios de interesse público, colaboração, transparência, planejamento, agilidade e continuidade dos serviços”, agradeceu Alckmin em suas redes sociais.
“Nosso objetivo será fornecer ao presidente Lula, de forma republicana e democrática, todas as informações necessárias para que seu mandato, que começa em 1º de janeiro, seja bem-sucedido no atendimento das prioridades da população”, completou.
Alckmin deve assumir oficialmente a coordenação de transição nesta quinta-feira (3). Gleisi e o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) também integrarão a equipe. O grupo será dividido por áreas e terá a participação de todos os partidos da coligação vencedora (PT, PSB, Psol, Rede, PC do B, PV, Agir, Avante, Pros e Solidariedade).
Experiente e de perfil conciliador, Alckmin teve papel destacado durante a campanha no diálogo com setores mais ao centro político, e foi fundamental para a formação de uma frente ampla em torno de Lula.
No total, serão disponibilizados 50 cargos em comissão, entre políticos, técnicos e servidores, e um cargo de coordenador. O grupo deverá se instalar na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Nesta segunda-feira (31), o atual vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (Republicanos), se antecipou ao presidente Jair Bolsonaro e conversou com Alckmin. Mourão ofereceu ao vice-presidente eleito ajuda para a transição de governo e instruiu servidores da Vice-Presidência a facilitar o trabalho, tornando disponíveis todas as informações.
Alckmin conversou ainda com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre mudanças no Orçamento de 2023. A chapa eleita quer assegurar o Auxílio Brasil de R$ 600 e o reajuste do salário mínimo, por exemplo. Outra preocupação da equipe será conhecer a situação fiscal das contas públicas.
O Tribunal de Contas da União (TCU) supervisionará o processo de transição. A Corte tem competência para monitorar, como a lei determina, a estrutura montada pelo governo aos eleitos com recursos do orçamento da própria Presidência.