A decisão de lançar ou não candidatura presidencial nas eleições de 2022 será discutida de forma coletiva, com amplo debate nos estados, no Congresso Nacional, em novembro deste ano, e decidida apenas no ano que vem pelo PSB. É o que disse o presidente nacional, Carlos Siqueira, neste sábado (24), durante reunião virtual do diretório estadual do PSB do Rio Grande do Sul.
O encontro contou com a participação das principais lideranças estaduais, entre deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores, presidente de diretórios e secretários dos segmentos sociais.
Entre os encaminhamentos, os socialistas aprovaram o início do diálogo com outros partidos políticos, visando a eleição ao governo do Estado em 2022, tendo como nome preferencial o do ex-deputado federal e vice-presidente nacional de Relações Governamentais Beto Albuquerque.
Para Siqueira, as eleições do próximo ano serão desafiadoras para a esquerda em alguns estados. O PSB deve estar preparado para lançar chapas competitivas e eleger uma bancada de deputados federais e de senadores “que seja expressiva numericamente e politicamente aceitável”.
“Sei que as condições em muitos estados, no quadro de hoje, ainda é muito adversa para os partidos de esquerda. Mas há uma fatia importante do eleitorado que tem voto nos partidos progressistas”, afirmou.
Sobre ter projeto próprio para a Presidência da República, Siqueira disse que o partido deve debater a questão coletivamente até o próximo ano.
Na avaliação do presidente do PSB, o partido não deve se preocupar com os votos da direita, “porque eles continuarão sendo das forças conservadoras”. “A centro-direita está inflacionada de partidos. O país não precisa de tantos partidos, menos ainda de partidos de centro”, avaliou.
“O que o país precisa é de um partido de esquerda com visão clara dos problemas nacionais e compromisso efetivo com a população brasileira. Que possa propor soluções para o país, que tenha uma visão progressista de país e de mundo. Essa é a nossa revolução, para isso é que nós precisamos nos empenhar”, defendeu.
“Se isso será possível com candidatura presidencial, óbvio, isso é o ideal. Se isso não for possível, como será? Vamos discutir e encontrar coletivamente as soluções pelas quais estamos dispostos a lutar”, declarou.
O PSB tem feito debates internos em seu processo de autorreforma para renovar, por completo, o programa e o manifesto socialista, ao mesmo tempo em que propõe um projeto nacional de desenvolvimento para o país e a refundação do sistema partidário, “que está necrosado”, disse Siqueira.
“Um partido que não tem um projeto para o país, que não discute os problemas nacionais, é dispensável na vida partidária. E muitos são dispensáveis mesmo”, afirmou.
Sobre o diálogo com outros partidos, Siqueira defendeu que o PSB aceita conversar com as demais forças políticas, sobretudo no momento em que a democracia no país está em xeque.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional