Com média de 4,0, acima da média nacional de 3,5, Pernambuco avançou mais uma vez no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), segundo dados do Ministério da Educação (MEC) divulgados nesta segunda-feira (3).
Nos anos finais do Ensino Fundamental, Pernambuco cresceu de 4,1 para 4,5, superando a meta de 3,9 para o ano. Já nos anos iniciais, a nota obtida foi de 4,8, acima da meta de 4,5 estabelecida pelo MEC.
Os dados mostram que o Estado é o único que registrou evolução no crescimento em todas as edições do índice.
Pernambuco tem a menor taxa de abandono escolar do país e a menor taxa de distorção idade-ano das regiões Norte e Nordeste, segundo dados do MEC.
Outro destaque é que a rede estadual pernambucana obteve as menores diferenças de proficiências entre escolas de nível socioeconômico alto e escolas de nível socioeconômico baixo.
Na comparação da série histórica, Pernambuco saiu de 2,7 em 2007, primeiro ano da gestão do ex-governador Eduardo Campos, para 3,6 em 2013, já no segundo governo do socialista no Estado.
Em 2015, com Paulo Câmara, a rede de ensino estadual avançou para 3,9, chegando a 4,0 em 2017.
Ações
O governo de Pernambuco atribui ao avanço no Ideb investimentos na educação de ensino integral. O Estado possui a maior rede de educação em tempo integral do país no Ensino Médio.
Neste ano, 52% das escolas do ensino médio e mais de 54% dos estudantes que acessaram o 1º ano do Ensino Médio da rede são atendidos em tempo integral, superando a meta do Plano Nacional de Educação prevista para o ano de 2024.
Além disso, Pernambuco implementou gestão por resultados e uma sistemática permanente de acompanhamento e apoio às escolas por meio do Pacto pela Educação.
O Estado conta ainda com o maior programa de intercâmbio para estudantes da educação básica da América Latina, um incentivo à permanência de estudantes na escola e à melhora do desempenho desses alunos.
Alterações no cálculo afetam resultados
Nesta edição, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, vinculado ao MEC, desconsiderou os resultados das escolas técnicas estaduais e incluiu no cálculo escolas com baixa participação, o que gerou questionamentos.
A inclusão de escolas com baixa participação, por exemplo, permite que estados com menor participação preencham as notas de estudantes ausentes na avaliação com as notas de estudantes presentes.
Cinco governadores do Nordeste (BA, CE, PI, PB e PE) divulgaram carta questionando o MEC quanto aos critérios adotados pelo instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para cálculo da média das redes públicas referentes ao Ensino Médio.
Segundo os governadores, a metodologia contraria a portaria que regulamentava a avaliação e altera os resultados do índice, beneficiando alguns estados e prejudicando outros, como é o caso de Pernambuco, que tem elevada participação das escolas na avaliação e uma das maiores redes de escolas técnicas estaduais do país.
Com informações da assessoria de imprensa