O deputado estadual Carlos Minc (PSB) ingressou com ação na Justiça criminal e civil e também no Ministério Público do Rio de Janeiro em busca de esclarecimentos sobre o desaparecimento de cinco armas do arsenal da Polícia Civil.
Desde 2011, cinco submetralhadoras MP5 da Polícia Civil estão desaparecidas. Até hoje, nenhuma sindicância foi aberta. Além disso, nenhum comunicado foi feito à CPI das Armas, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em 2015.
“A gente quer uma explicação da Secretaria de Segurança, que, agora, está sob intervenção federal militar, mas não significa que não tenha que prestar contas à Assembleia Legislativa. Tem que ser explicado o que vai fazer a partir de agora. Quem foi o responsável por isso? Se não abriram inquérito na época, tem que ser aberto agora, afirmou Minc em entrevista à TV Globo do Rio.
Em nota divulgada na semana passada, a Anistia Internacional disse que o sumiço das armas pode comprometer a competência e a independência da Polícia Civil na investigação da morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.
Investigadores não descartam a possibilidade de uma MP5 ter sido a arma utilizada nos assassinatos de Marielle e Anderson, em 14 de março. A arma é considerada obsoleta e seus disparos não têm longo alcance. Apesar de boa precisão, segundo especialistas, quase não são utilizadas em operações no Rio.
Foto: LG Soares/Alerj
Com informações de O Globo