Os líderes do PSB na Câmara, Tadeu Alencar (PE) e da oposição, Alessandro Molon (RJ), afirmaram que o texto da reforma da Previdência apresentado nesta quinta-feira (13) na comissão especial “ainda impõe duras regras aos que mais precisam” e “não combate privilégios”.
“Graças aos esforços da oposição, houve algumas mudanças em favor dos trabalhadores, mas o texto ainda impõe duras regras para a população que mais necessita”, criticou Alencar.
Do texto apresentado pelo relator foram excluídos pontos polêmicos como a capitalização e as alterações na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). No entanto, a proposta, apesar disso, “ainda penaliza os que mais precisam”, avaliou o líder socialista.
Um dos pontos considerados mais “duros” pelo deputado é a manutenção da idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores dos setores público e privado (65 anos para homens e 62 anos para as mulheres).
Alencar lembrou que, desde o início das discussões sobre a proposta, o PSB defendeu a necessidade de ajustes no sistema previdenciário.
O partido, no entanto, se posicionou contrário ao texto apresentado pelo governo Bolsonaro por considerá-lo “um ataque impiedoso ao Sistema de Seguridade Social, cujo fundamento é a solidariedade social”. “A proposta atinge uma parcela que não deveria ser impactada pela reforma”, completou Alencar.
O líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), considerou a retirada do regime de capitalização do relatório “uma vitória”. “No debate sobre a Previdência, a oposição mostrou que é firme, propositiva e está do lado do povo. Juntos, conseguimos derrotar a capitalização”, comemorou.
Ele enfatizou, entretanto, que a proposta “não combate os privilégios ao continuar punindo o trabalhador que ganham menos”.
Os deputados Aliel Machado (PR), Bira do Pindaré (MA), Danilo Cabral (PE), Heitor Schuch (RS), Lídice da Mata (BA) e Rodrigo Coelho (SC), representantes do PSB na Comissão Especial da Reforma, também lamentaram que ainda constem do texto pontos que prejudicam a população mais pobre.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional