O Conselho de Ética da Câmara instaurou nesta quarta-feira (23) processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Laerte Bessa (PR-DF), atendendo a representação do PSB. O deputado ofendeu publicamente o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, em pelo menos três ocasiões, inclusive em pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados.
Na representação, o PSB pede a cassação de mandato de Laerte Bessa por quebra de decoro. O partido defende que o deputado “usou palavras de baixo calão e proferiu graves ofensas, sem que haja no ordenamento jurídico brasileiro qualquer justificativa para tal ato, que representa, inegavelmente, a quebra do decoro parlamentar”. Para o partido, o deputado extrapolou “todos os limites da imunidade parlamentar e da própria liberdade de pensamento”.
No dia 17 de outubro, durante sessão plenária da Câmara, Bessa chamou Rollemberg de “grande maconheiro”, “bandido” e “safado”. O deputado ainda proferiu injúrias semelhantes contra o socialista em dois episódios anteriores, no dia 1º de setembro, durante assembleia dos Policiais Civis do Distrito Federal, e no dia 1º de setembro, durante assembleia dos Policiais Civis do Distrito Federal.
“Esse é um comportamento inaceitável, com expressões de baixo calão, que corresponde, de fato, ao que se pode chamar de uma ralé política de quinta categoria. Nós esperamos que a Câmara e, o Conselho de Ética em particular, adotem a providência necessária para que ele possa ser expelido do parlamento nacional, em respeito à democracia e à Casa a que ele atualmente pertence”, defendeu Carlos Siqueira, após protocolar a representação, juntamente com o líder bancada socialista na Câmara, Tadeu Alencar (PE).
“As agressões contra o governador Rodrigo Rollemberg, do nosso partido, ex-deputado federal, ex-líder do PSB na Câmara, ex-líder do PSB no Senado, são agressões absolutamente inaceitáveis. Mas não é só uma agressão ao governador Rodrigo Rollemberg, é ao PSB, um partido que tem 70 anos de história, e, principalmente, à democracia brasileira, ao parlamento e a política”, declarou Tadeu Alencar.