O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles terá que explicar a redução no orçamento da Pasta e o persistente aumento das queimadas na Amazônia na sessão da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que ocorrerá nos próximos dias. O colegiado aprovou, na quinta-feira (25), requerimento do deputado federal Camilo Capiberibe (PSB-AP) para que Salles preste esclarecimentos sobre a política ambiental do governo federal ao colegiado.
“A presença do ministro é fundamental, por que ele é o executor da política de meio ambiente para o nosso País, num momento em que nós temos visto todos os mecanismos de controle e prevenção sendo destruídos. Nós não temos mais recursos do Fundo Amazônia, porque, desde 2019, abriu-se uma guerra. O desmatamento é recorde e o Ministério do Meio Ambiente vem sendo esvaziado. Queremos que o ministro responda ao País”, afirma Capiberibe.
No requerimento aprovado, o deputado Camilo ressalta que, apesar de dois anos consecutivos de aumento do desmatamento e das queimadas, 9,5% em 2020 e 34% em 2019, o governo propôs para o ano de 2021 o orçamento mais baixo dos últimos 21 anos para o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e órgãos vinculados à pasta.
O socialista ressalta que o orçamento apresentado para 2021 reafirma a estratégia do governo Bolsonaro de continuar sufocando a fiscalização dos órgãos ambientais de fiscalização. No ICMBio, o corte foi de 61,5% dos recursos previstos especificamente para criação e gestão de unidades de conservação na comparação com o orçamento autorizado em 2018.
Com informações da assessoria de imprensa